Gasparina dos Anjos de Jesus Presidente da Federação Espírita do Acre de 1999 a 2010 |
Na última quinta feira 18.04.13 ela foi chamada a retornar para nossa Pátria Espiritual. Ela não construiu família de sangue, não teve filhos. Mas, para dezenas de pessoas como eu, ela foi mãe, amiga, tutora, guia incentivadora do conhecimento.
Com o nome de Gasparina dos Anjos de Jesus, fez jus ao nome que recebeu. Enquanto encarnada, ela foi como o Gaspar, aquele dos três Reis Magos. Vinda de Minas Gerais para o Acre, trouxe com ela o incenso da Fé para que pudessemos enxergar o caminho. Foi um Anjo para muitos de nós, que aprendemos com ela a superar nossos medos, enfrentar nossos vicios e buscar a firmeza na fé raciocinada, nessa fonte tão rica que é o espiritismos. De Jesus, ela sempre foi e sempre será. Soube cumprir sua missão para com o Mestre, auxiliando tantas e tantas consciências.
Na entrevista dada por ela em 2008 para a Revista Reformador, temos o grau de compromisso dela para com o Acre e com a União dos Espíritas do Acre. Que possamos merecer todo o amor que ela nos dedicou.
R I D A D E º 2. 147 • Feverei ro 2008
R I D A D E º 2. 147 • Feverei ro 2008
Reformador: Fevereiro de 2008
O
estudo alterou o
panorama do Espiritismo no Acre
Gasparina dos Anjos de Jesus, presidente da Federação Espírita
do Estado do Acre, comenta os reflexos do estudo e da atuação Federativa
naquele Estado. Recomenda a inspiração em Cristo para não se afastar da trilha
correta.
Reformador: O
Movimento Espírita se estende por todo o Estado do Acre?
Gasparina: Por
todo o Estado ainda não. Nós estamos presentes em quatro do interior e na
capital. Hoje há 14 instituições no Acre. As casas espíritas estão em pleno
funcionamento e visitamos todas no ano passado. Em três municípios o Movimento Espírita já está bem estável e em alguns outros ainda
nascendo.
Reformador:
Como se desenvolve o Movimento Espírita no Acre?
Gasparina:
Atualmente se desenvolve de forma muito harmoniosa
e produtiva. Já há consciência de um espírito de partilha de serviço entre os
centros e entre estes e a Federação. Quase tudo se faz junto, e não é por obrigação, mas porque
gostamos e há uma certa felicidade nessa forma de agir. Assim se tem
desenvolvido o trabalho federativo, e não encontro palavra melhor do que “partilhamento”de responsabilidades.
Reformador:
Existe alguma característica, alguma peculiaridade especial
do Movimento
Espírita acreano?
Gasparina:
No passado, a característica era a dificuldade de
estudo. Hoje todos os centros espíritas estudam. A Federação demorou algum
tempo para assumir seu papel federativo; então foram incorporados alguns
hábitos, principalmente na área mediúnica, os quais agora estão sendo superados
pelo estudo da Doutrina.
Reformador:
Como foram as comemorações do Sesquicentenário em
seu Estado?
Gasparina:
Foram muito boas, com base em projeto que
elaboramos no ano anterior às comemorações. Procuramos distribuir palestrantes pelos
diversos centros, seguindo o projeto que se desenvolveu de janeiro a dezembro de 2007. E
não eram expositores somente da Federação, pois reunimos colaboradores oriundos
de todos os centros.
Reformador:
Como estão atuando com o “Plano de Trabalho para o Movimento
Espírita Brasileiro”?
Gasparina: Esse
“Plano” para o período 2007-2012 já conta com algumas providências e,
recentemente, realizamos reunião do departamento de divulgação da Federação a
fim de montar um cronograma de ações para este ano e, em seguida, para 2009. Em
todos os departamentos fizemos a mesma coisa. Estaremos sempre avaliando ações
que achamos serem boas, mas que podem não dar certo, e outras ações que, às
vezes, não valorizamos muito, as quais poderão ser muito interessantes; então
serão fortalecidas e repetidas. Manteremos, por exemplo, duas programações
grandes e antigas, a UNEACRE – União dos Espíritas do Estado do Acre – e o Encontro da
Família.
Reformador: Alguma
mensagem ao leitor de Reformador?
Gasparina: A
mensagem para o leitor de Reformador é
que, sendo espírita, estudante da Doutrina Espírita, ou simpatizante, somos
criaturas com grandes oportunidades de aprendizado e de trabalho, devido ao
nível de detalhamento que o Espiritismo oferece em relação às Leis Divinas e ao
grande material, de uma qualidade muito boa, que temos através dos livros espíritas. Amo
um capítulo do livro Pão Nosso, do Espírito
Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, intitulado
“Direito sagrado”, e a este recorro todas as vezes em que me encontro com
angústia e
preocupações. Essa mensagem alerta que depois de um convívio, um relacionamento
íntimo com o ensino do Cristo, não podemos desistir das ações na área da
Espiritualidade. Então, sugiro a cada um dos leitores de Reformador que
faça essa partilha íntima com o Cristo, para não nos afastarmos da trilha
correta.